Friday, August 25, 2006

Enquanto arrumava umas coisas pra mudar semana que vem, encontrei esse poema escrito em 1995.

E facil pensar
no que fazer e falar
e facil fingir
que agir com maldade
fara com que toda a cidade
ira bisbilhotar e falar de voce
mas cedo ou tarde
voce e atropelado
ou tem um infarte
e pelo reso da eternidade
numa caixa de madeira
seu corpo vencido, podre e fedido
cheira mal sem ter o que fazer

Mas quem se importa?
o Natal vai chegar
e voce tem que fingir e comprar
presentes com lacos e fitas
flores de cores afluentes
pra parentes de coracoes gelados
e sorrissos quentes
que vao fingindo nao se importar
com o presente na sua mao

Mas todo mundo esqueceu
Que o Natal morreu
e nao faz diferenca nenhuma
se e primeiro de Abril
porque ninguem chorou quando mentiu
que fazer e fingir
doe mais que pensar e agir
sem maldade na cidade
sem maldade com voce

Thursday, August 24, 2006

Tuesday, August 15, 2006

Ela anda alegre e sorri,
se rebola nao sei,
gosto de pensar que sim
E se o rebolado for como o sorriso,
nao quero que tenha fim

Monday, August 14, 2006

Lua do Lobo

Maravilhoso mas perigoso
Luminosidade termoquímica
A mosca que não resiste a luz
Moldados da mesma lama
Criados igualmente
Cremados igualmente

E a chama encarnada, incinerada
Consome o inferno dentro da carne
E a carne é fraca
A carne é fraca

Lentamente a noite cai
Crescente no céu a Lua ilumina
Com receio e medo
Do que está por vir

Ela levanta e sai pra caçar, pra rir,
Rumo a Lua do Lobo, pra aliviar a dor
O ciclo lupino, o ciclo sem fim

Água maldita, bendito vício sanguíneo
A prece escapa sem ouvidos
E a fome aumenta

Vem me amar com suas garras
Joga o seu feitiço em mim
Deixa o meu beijo curar sua maldição
Vem cantar pra Lua do Lobo

Não derrame uma gota sequer
Deixe o meu sangue escorrer
Nos teus lábios de lobo
Nos teus lábios de mulher
E me deixe com o seu sabor
Seu calor

A luz da Lua brilha
Como as balas de prata nos teus olhos,
Luminosidade termoquímica,
Me queima por dentro
Cuidado com a luz
A luz da Lua do Lobo
E o seu feitiço

Thursday, August 10, 2006

Wednesday, August 09, 2006

Sunflower-Girassol



Sem Sal

E quando voce me ve
Me ve de cabeca pra baixo
mas as leis da fisica sabem a diferenca
E te levanta e vira de cabeca pra baixo,
E de cabeca pra baixo a gente fica
Bobo, besta, sem saber o que fazer

Se voce se sente desencorajada
Nao e motivo de preocupacao
E porque tem faltado cor e sabor
Nao se preocupe amor
E porque as costuras vao rasgando
Esguichando tudo de bom
Sem saber o que fazer

Fatos e ficcao se misturam
Na minha cabeca
Pela primeira vez em anos
As garotas sem roupa
Escondidas dentro de revistas
Nao querem converser, e eu me sinto sozinho
Sem saber o que fazer


E minha vontade de suplicar
E te pedir pra ficar aqui comigo
Deu a mao a vergonha e se foi
Eu sei que esta ficando tarde
E eu devia ter te dado um motivo pra ficar
Ficar sem saber o que fazer