Monday, June 19, 2006

Dona Solidao

Ela vai,
sai,
e,
as vezes
some
Mas quando volta,
coitada,
Ela chega cansada,
folgada que so,
Sem do de ninguem
Desajeitada,
Ela
Entra e senta
na sala,
E toma o controle
da minha mao
Eu nao sei mais
o que fazer
Com essa fingida,
louca da minha vida
Essa Dona Solidao
Eita,
Mulher de cabeca feita
Nao ajuda em casa
Nao lava louca
e deixa o trouxa aqui
Tomar conta de tudo
inclusive dela,
sentada na sala
vendo novela
D. Solidao,
E um saco,
Meu irmao
Nao gosta de barrulho
Ou de desorde’
Ve se pode?
Mas eita
Companheira boa
Ela te adula
Faz cafune
E nao deixa
Voce sair pra fora
Companheira boa
E assim
Mes’que voce nao queira
Ela te da bola

Mas um dia
Um belo dia
Ensolarado
Descarado
Sem vergonha
De calor
Como so o sertao
Sabe germinar
Ela vem, rebolando
Dona de si
Sem ter que finjir
Que veio
Pra roubar
Teu coracao
Ela,
Com boa intencao,
Acaba ajudando
Dona Solidao
Levar as malas
Pro outro lado
Daquele velho portao,
De guarda chuva na mao
Pra evitar o solzao
Dona Solidao
Nem sabe
O que falar
Ela sabe,
Dessa vez
nao tem jeito,
Dessa vez
E de verdade
Dessa vez
Nao tem pra que
Discutir
Muito menos brigar
Dona Alegria,
Dessa vez,
Rebolando que so,
Veio pra ficar

Por favor, perdoem a falta de acentos. Eu culpo o teclado americano e nao o declinio da minha gramatica.

1 comment:

Anonymous said...

Muuuuuuuuuuuuuuito show!
Sempre gostei desse poema, Pablo!
ParabĂ©ns! VocĂȘ vai longe!